A
serra da Lapa na realidade é um descampado de pedregulhos, e não os
típicos montes com cumes vertiginosos, ribanceiras profundas, ou
mesmo anfractuosidades concebidas pelas águas pluviais.
Parece que o "nome de baptismo" - "Serra da Lapa" é um pouco
desapropriado para esta serra. É sabido pelos entendidos e peregrinos
que tal território corresponde a uma plataforma velha, pedregosa e
erodida.
O passeio ou a atracção à Serra da Lapa pelas populações é sobretudo
pela causa devocional e cumprimento de promessas.
A devoção tem a ver naturalmente com a Senhora da Lapa, a santinha,
que em tempo dos mouros (Almançor, um mouro mau segundo se consta) os
desordenados cristãos tinham escondido, nas maiores entranha duma
lapa, santinha esta que uma inocente pastora viria alguns séculos mais
tarde a descobrir.
O conjunto do recinto, com o Santuário, a Casa da antiga Cadeia, o
Pelourinho e todo o ambiente monumental assim arquitecturado, oferecem
aos devotos e turistas um ambiente medieval com uma tonalidade
atraente e sempre diferente em função da época do ano ou épocas de
romarias ou acontecimentos festivos. Em baixo, as fotografias obtidas
nos períodos mais marcantes mostram bem a espontaneidade das belezas
do local, ora em função das intempéries da natureza ou então dos
eventos realizados pela sociedade ou religiosos: |
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Verão |
Inverno com neve |
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Um Domingo |
Dia de Feira Aquiliniana |
O Santuário, que abrigou na capela-mor, onde pontificava o altar do
Menino Jesus da Lapa, o rochedo milagroso com a imagem da Senhora que
seduzia cativamente os homens e as mulheres de crença inabalável,
começou a atrair os peregrinos em vários momentos do ano, que se
deslocavam em romaria para impetrar graças, obter a propiação pelas
faltas humanas, agradecer os favores do Altíssimo, umas vezes em jeito
pessoal e muitas vezes em convénio colectivo. De facto, as pessoas e
as famílias eram torturadas pelos malefícios da doença, do azar ou da
má sorte; e os povos, pelos efeitos das pestes e pragas que lhes
devastavam as culturas, os animais ou os parentes, os benfeitores, os
vizinhos e os amigos.
A igreja, vista do exterior ostenta uma frontaria com o triângulo
pretensamente apoiado em duas colunas embutidas no muro frontal; e, à
cabeceira, por detrás do passadiço que dá para o colégio, o campanário
com os dois sinos que encarrega de dar as horas e de chamar os devotos
para os ofícios culturais. |
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Verão |
Inverno |
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Dia de Feira Aquiliniana |
Domingo |
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Verão |
Inverno |
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Dia de Feira Aquiliniana |
Domingo |
Situada a poucos metros do pelourinho está a antiga cadeia. No seu
estado lastimoso de conservação restam apenas a frontaria e parte das
paredes laterais e posteriores, pois estas eram feitas de pedra de boa
qualidade e bem aparelhada. A sua função de cárcere público está bem
patente nas quatro janela quadradas e gradeadas, divididas duas por
cada piso. No centro do edifício, em pleno segundo piso, situa-se a
antiga entrada, acessível através de uma escada exterior. É também
digno de especial atenção o frontal triangular e moldurado que se
situa a meio da empena sobre a fachada, no qual se situam as armas
heráldicas dos Vasconcelos em escudo, subpujada por coronel de três
florões encimado por uma vieira. |
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Verão |
Inverno |
A Capela Setecentista oriunda da freguesia de Quintela, foi doada por
um habitante da região e mais tarde transferida pedra a pedra para a
Lapa, onde actualmente, nos dias de maior afluência de peregrinos,
nomeadamente nos dias de romaria, serve para a celebração de uma missa
campal, pois com a enorme afluência de devotos o Santuário torna-se
pequeno. |
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Colégio: dia de Feira |
Colégio: Verão |
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Colégio: Inverno |
Colégio: Domingo |
O Colégio é um edifício de forma quadrangular que se
desenvolve em dois pisos a norte e três a sul. Com pátio interior, a
sua forma arquitectónica é, no entanto, singela e com boas cantarias. |
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