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Aterragem de emergência
dum avião |
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Dia 19 de Novembro de 2005, dia rotineiro
para a pacata aldeia de Vila da Ponte no concelho de Sernancelhe - Beira
Alta. A principal preocupação dos habitantes da aldeia neste dia, um Sábado chuvoso e frio, era o corte e arrecadação da lenha de pinho ou carvalho para se protegerem do prometedor frio que o Inverno já tinha em vista. Sábado, dia também de relaxamento para muitos outros encarregados de trabalhos na função pública, ou empresas privadas, ou mesmo aqueles que já se habituaram a sair do pandemónio das grandes cidade, para gozarem e relaxarem o ambiente e ar puro que ainda coabitam por esta Beira-interior. |
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É sabido que Sernancelhe e concelhos circundantes, fazem parte da rota internacional dos aviões que lá em cima nos céus, e que cá por baixo no terreno os vemos minuto a minuto em miniaturas com os seus rastos, com direcções ora para a América, ora para o norte da Europa, ora de trajectórias do países mais nórdicos com direcção a Africa, e sabe-se lá, para a Ásia, Oceânia e uma infindável rota de destinos que de modo algum nos passa pela imaginação. | |||||
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Todavia o homem tem falhas, as invenções, certezas e todo o meio tecnológico por ele conquistado, às vezes dá sinais de rotura, ora por falha humana, desgaste de material, avarias mecânicas, ou dificuldades nos processos de comunicação, etc... | |||||
Foi o que se passou no fatídico dia de 19
de Setembro de 2005, quando um poderoso avião AIRBUS A340, replecto de
passageiros, com 380 pessoas a bordo, e tendo descolado de LISBOA há 30
minutos, com destino a Macau, na Ásia, repleto de milhares de litros de
combustível, pois a viagem seria directa e sem escala, eis que os seus
poderosos jactos reactores deixam de funcionar a 11.000 metros de altura,
por um grave curto circuito, impossível de reparar a bordo, e que em poucos
minutos baixam a velocidade do avião de 10.1000 Km à hora para 800 Km à hora
com uma descida para a superfície a 3 Km por minuto, ou seja já em planagem. Aeroportos ou Aeródromos no pequeno raio de Quilómetros possíveis e programáveis para aterragem segura na distância que o Airbus se conseguia manter no ar não existiam. Os aeródromos de maior aproximação eram o de Viseu, Seia ou Vila Real, mas com a queda vertiginosa que o avião ia em progressão tal era impossível. O acidente, a desgraça e o pior estavam certos. O Comandante, o Co-piloto entraram em pânico. Aos passageiros foi tentada manter a calma pelas Hospedeiras de Bordo, apesar de se aperceberem que algo de muito grave iria acontecer. |
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